Pintei os sapatos de verde
para pisar um relvado.
Pus um vestido de rosas
com seu perfume encarnado.
Colei pratas nas janelas
como estrelas amarelas.
Fiz de uma vassoura
de pernas para o ar
uma palmeira
ao vento a cantar.
Baloiçando o baloiço
do velho cortinado
voei enfim
pelo meu jardim
inventado.
poema de Luísa Ducla Soares
em Poemas da mentira e da verdade
ilustração de Beatrice Alemagna in Depois do Natal
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