A mãe contava-me a história do cavalo voador. As suas
asas eram enormes e leves, como a luz da manhã.
Um dia, eu pedi:
Mãe, dá-me um cavalo assim!
E como o vais alimentar? Os cavalos voadores precisam de muito penso!
Levo-o pelos campos, pelos prados. Pelos montes floridos.
Filho, o nosso cavalo não come:bebe o brilho das estrelas.
Ainda melhor, mãe. O céu é uma copa de árvore iluminada de estrelas!
Mas à noite, meu filho, tu estás a dormir.
Ainda melhor, mãe. Assim posso galopar por dentro dos sonhos.
poema de Francisco Duarte Mangas
em O noitibó, a gralha e outros bichos
ilustração de Sara Fanelli
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