Era uma vez uma sombra
que não parava de estar quieta.
Quanto mais quieta estava
mais o pobre corpo
se mexia
e saltava, esbracejava, corria.
Tomado pelo medo,
o corpo acabou por fugir
daquele sinistro lugar.
Nunca mais ninguém o viu.
E a sombra?
Ainda lá está.
Ali, naquele lugar.
Quanto mais quieta estava
mais o pobre corpo
se mexia
e saltava, esbracejava, corria.
Tomado pelo medo,
o corpo acabou por fugir
daquele sinistro lugar.
Nunca mais ninguém o viu.
E a sombra?
Ainda lá está.
Ali, naquele lugar.
Poema de João Pedro Mésseder
in Pequeno livro das coisas
ilustração de Gémeo Luís
ilustração de Gémeo Luís
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